quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Pedido de Desculpas




Em tempos de ostracismo o melhor que se tem a fazer é beber, e quando falo em beber, não é tomar uma ou duas cervejas com amigos numa bar perto de casa ou num restaurante com sua namorada, falo em beber mesmo, nos botecos mais renomados e sórdido de nossa vil cidade. Tomar cerveja de péssima qualidade e ainda tem que esta quente, com a companhia das almas mais sujas e parvas da nossa sociedade soteropolitana, lugares onde putas e bêbados se misturam ao som de uma péssimo cantor. Esse foi o lugar que desejaria andar.
Confesso que nos últimos tempos venho passando por momentos de grandes dificuldades, sobretudo no que diz respeito aos meus escritos, como dizem as más línguas “todos os escritores passam por seu momento de secura intelectual, um determinado tempo sem imaginação. Não, não culparei o trabalho que me leva 70 % do meu dia com uma burocracia que não tem mais tamanho Eh! Acho que estou com a síndrome do vampirismo pois tenho a ligeira impressão de que venho sendo sugado, chego em casa após de um dia de trabalho extremamente cansado. Culparei sim o transporte que pego toda manha para chegar ao trabalho. O ônibus completamente lotado, acredito que o infeliz do motorista na melhor das hipóteses acha que somos sardinhas enlatadas , o impressionante dessa historia toda é ter certeza que alguns dos meus companheiros de transporte, estão póstumos e um fator mais incrível ainda é saber que eles nem tem idéia disso. Bem esses são outros quinhentos , o que posso dizer e que diante de tanta cena Dantesca , minha cabeça trabalha fortemente na construção de novos textos que relatam um pouco dessa minha odisséia diária .
Peço-lhes encarecidamente mil desculpas para todos pervertidos , poetas loucos almas parvas, filósofos doentes e filhos e filhas de Caim que tiveram o desprazer de acompanhar nem que seja pelo menos uma única vez de ouvidos ou melhor leu as meus pequenos contos. Tentarei compensar a todos vocês com uns contos mais sórdidos e, sobretudo sinceros, vivenciados é claro que alguns imaginados por estes que vos fala. Pois como diria Nietszche: “Uma Arvore é preciso enviar suas raízes nas profundezas da mais imunda lama, para que seus galhos busquem o infinito dos céus...”

Enzo de Marco