sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A última noite de amor (Grace, a Ultima boca que toquei)


O som era legal, ao meu lado havia centenas de jovens tão ansiosos quanto eu para poder embarcar logo para a verdadeira luta. Guerra! Havíamos passado dois meses de intensos treinos e insultos e me dar frio na espinha só em lembrar como éramos tratados, nos forjavam como uma maquina da morte no campo de treinamento, do meu grupo de treinamento estava eu, Clifford quatro olhos, o Joe coco duro, e o Mike dois rifles.

Passamos por grandes torturas lá no campo de treinamento junto outros do qual o tempo se encarregaram de me fazer esquecer os nomes, eram legais, assim como eu queríamos viver aventuras coisas legais, não sabíamos muito que nos esperávamos literalmente.

Nossos nomes de guerra nos foram presenteado pelo sargento Harry, ele foi o responsável em nos transformar em verdadeiras maquinas de guerra, em indivíduos completamente amorais, ser capazes de dar um tiro com seu rifle na própria mãe se estivesse do lado do inimigo. Éramos fuzileiros...

Estamos entediados era natal e há três dias chegávamos à Europa ainda não disparei um tiro, como era natal o comando geral nos deu um presente um show com algumas garotas tirando as roupas.

Eu, Joe coco duro e Dois rifles estavam juntos tínhamos certa amizade, bebíamos e relembrávamos do tempo do velho Harry, o som tava legal as garotas também , os whiskys nos aqueciam e os cigarros nos acalmavam , era uma noite perfeita.

Joe coco duro descolou uma erva muito boa com os caras da cozinha, aqueles caras eram demais, às vezes eu ia até lá só p/ tomar uns copo de uísque e ouvir eles tocarem um blues de primeira, a noite estava fria e meu casaco já estava molhado com a neve que caia , quando vi Dois rifles trazendo duas garotas , eram enfermeiras que a muito estávamos querendo dar uns tratos nela. Batemos um papo longo e sincronizado, nossos corpos tinham necessidades de aproximação, o nome dela era Grace, bebíamos um pouco e sem muita destreza convidei-a para irmos ao celeiro...

Pela manhã acordei com o barulho ensurdecedor da sirene, estávamos sendo atacados, boa parte do batalhão estava morto e outra parte estava ferido, peguei minhas roupas meu rifle e fui para a luta .

Enzo de marco

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Pra não dizer que te uso


Quando você liga minha alma grita, me pedindo pra voltar

Você me pede mil desculpas, por eu não querer falar

E depois se me chamar de insensível, saiba baby! Eu não vou mais quere te usar!

Sei que me quer apenas como objeto sexual, ver você sugando ai minha filha e eu me sentindo o tal

E ainda exige de mim todo prazer. Fique quieta, pois eu vou te entreter, com toda a minha vontade, Pra você ficar se sentindo bem a vontade.

Sua alma é parva e inútil, o que eu quero de você querida é ficar entre seus glúteos

Fazer você sentir prazer e dor e fingir a existência de um grande amor.

Enzo de marco

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Hurt - Dor



Eu me machuquei hoje
Para ver se eu ainda sinto
Eu me concentro na dor
A única coisa que é real
A agulha abre um buraco
A velha picada familiar
Tente matar tudo fora
Mas eu lembro de tudo

Chorus:
O que eu me tornei?
Meu doce amigo
Everyone I know goes away
In the end

E você pode ter tudo
Meu império de sujeira

I will let you down
Eu vou fazer você sofrer

Eu uso essa coroa de espinhos
Após a minha cadeira de mentiroso
Cheio de pensamentos quebrados
Eu não posso reparar
Debaixo das manchas do tempo
Os sentimentos desaparecem
Está alguém
Eu ainda estou aqui

Chorus:
O que eu me tornei?
Meu doce amigo
Everyone I know goes away
In the end

E você pode ter tudo
Meu império de sujeira

I will let you down
Eu vou fazer você sofrer
Se eu pudesse começar de novo

Um milhão de milhas de distância
Gostaria de me manter
Gostaria de encontrar um caminho

* Poema incrivel cantado por Johnny Cash

( as vezes é incrivel o processod e indentificação )

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Pedaços de Nada


Achei um pedaço de nada em mim, que cuidado a pega-lo...

Medo de que se tornasse algo o conservei, pois as coisas me feriam de tão duras.

Achei-o triste e silencioso e isso me agradou.

Amenizou o insurpotavel caos de minha alma.

Por tirar-me a esperança, cada vez que ele brilhava minha alma, me partia, minha vida se esvazia.

Não quero mais sonhar, por favor, deixem-me em paz, não vêem que estou perdido?

Que não sei jogar o jogo?

Preciso reaprender a sonhar, a fantasia ou essas tolices de cada dia que dão forças para lutar.

Preciso reaprender a sonhar, como já sonhei um dia, antes da noite escura me envolver em escuridão sombria.

Simplesmente sonhar, com a doçura e carinho , pois somo o que sonhamos desejamos, buscamos.

....Quando cai no precipício , machuquei as minhas asas eu destruir tudo , a mim mesmo e não sabia que a vida desfaz em pó tudo que a gente queria ....

Enzo de Marco

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Pequena confissão (algo sobre mim)




Sempre me perguntaram sobre a origem de Enzo de marco, sua árvore genealógica, seu sangue ou sua graça. Também sempre achei que um dia chegaria, o momento em que Enzo deveria contar de onde veio, afinal ninguém sai do nada assim.... Agora eu vós falarei, o segredo dos segredos, abrirei a caixa de pandora, a sala onde Sr Dorian Gray esconde seus segredos.

Responderei – vos meus pouquíssimos leitores:

Venho de uma linhagem mais ralé que existiu sobre a face da terra, uma singela mistura entre os fatos e vacilações do acaso. A priori um filho de Caim, o filho do Deus renegado que por desejos dos homens tem por destino a desgraça e a maldição de ter como companheiros a caneta e um papel , aquele que até entre os seus é renegado, aquele que tem sempre do seu lado esquerdo logo acima do ombro a morte te aconselhando. Aquele que tem Castanheda com guia, Steinbeck como amigo e acima de tudo o amor como o norte.

Enzo de Marco

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Quero ser Budista


Quero ser budista !

Um dia serei,

De tanto eis,

O inferno esta cheio....


No mundo em que creio

Não existe maldade.

A falsidade é uma mentira

No mundo que tem com regra

Uma imensa quimera

Que atende pelo o nome de ira.


Mas Florbela que me salve,

Pois não há santo que acalme

Este mundo de turbulência e dor.


Este escrito de horror

De tanto ouvir gritos de dor

É que numa bebedeira eu escrevo.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Ferrabrás em: o caso Albino Forjaz





O som do telefone era estridente, algo metálico, eu odiava aquilo. Lembro-me de ter pedido inúmeras vezes para a moça que limpa a casa p/ mudar esse toque. Era algo realmente muito ruim, eu odiava aquilo, o dia domingo acabava de nascer e o céu tinha pequenos pontos escuros, ainda era cedo e o telefone já estava tocando e isso me deixou um pouco irritado, tentei ignorá-lo, no entanto o barulho que aquela tralha fazia era infernal.
Levanto-me, sinto um gosto de azedo na boca, passo a mão pelos olhos e atendo a droga do telefone, foi alguém da delegacia, não deu para reconhecer a voz e muito menos estava querendo saber que foi o idiota que havia me ligado, só ouvi a voz que pedia que eu fosse o mais rápido possível para a delegacia, pois, havia ocorrido uma tragédia com um de nossos colegas do trabalho.
Já deveria ter desconfiado que o dia não seria nada bom, quem teria sido o babaca que fez alguma idiotice durante a noite passada, o dia mal começou e já estou com uma terrível dor de cabeça, procuro e pego no meu velho casaco o frasco de aspirina e jogo na boca, dou uma golada no cantil, percebo que estava seco e engulo os comprimidos assim mesmo. Tomo banho e saiu para a delegacia.
No carro, escuto uma musica do Pink Floyd, me fez lembrar antigos tempos onde tinha a ligeira sensação de liberdade e acreditava fielmente na humanidade, hoje percebo que tudo aquilo foi uma grande babaquice. Como sempre o transito daqui de Salvador é terrível, cheio de engarrafamentos e pedintes nas ruas. Paro no sinal e vem logo um batalhão de medingos lutando as suas esmolas, recordo-me de ler em algum jornal que “esses caras” tiram uma boa grana fazendo isso todos os dias.
Chego à delegacia e percebi que o clima de fato não estava nada bom, logo me informaram que um de nossos agentes cometeu um suicídio e ninguém aparentemente sabia o motivo. O agente era o Adnelson era um cara legal falava pouco, era tranqüilo vivia lendo livros de filosofia e literatura, eu conhecia pouco sobre ele, ouvia muito era o pessoal que fala sempre mal dele dizendo que nunca participava das festinhas que às vezes rolavam lá embaixo no xadrez. Falavam que ele era professor universitário que se cansou de tentar transformar o mundo, claro que depois de ter sofrido inúmeros assaltos, dizem que o estopim foi um assalto que sua esposa sofreu e que o meliante literalmente espancou, diante desse fato ele deixou de acreditar na humanidade p/ acreditar no processo eficaz de punição. “Claro que tudo dentro da mais rígida lei.” Pois eu pessoalmente nunca havia percebido nada que fosse fora do comum. Até esta manha quando o telefone tocou lá em casa.
È meu caro o fato já estava consumado nós não podíamos fazer mais nada além de desejar condolências à esposa e procurar entender os motivos se acaso existir o pior dessa grande merda era que eu seria o responsável de cuidar disso, já que eu era o delegado daquele antro...
Tivemos que nos deslocar até o apartamento do agente, que ficava no centro da nossa sorridente cidade do Salvador. Chegando lá percebemos que há bestante tempo não entrava uma mulher ali por a casa estava imundo, monte de garrafas de wisky vazias, gimbas de cigarros por todos os cantos e um monte de livros espalhando sobre a casa inteirinha, uma verdadeira biblioteca, quando vi aquilo me subiu um frio na espinha e como se fosse uma ilusão me vi dentro do meu apartamento que sinceramente esta bem parecido com o dele, fiquei um pouco com medo e pedi p/ outro agente que foi comigo entrar primeiro e verificar a situação, enquanto isso peguei bem ligeiro meu cantil que agora já estava bem cheio e numa golada só deixo –o pela metade a policia técnica já estava no local e já havia feito seu trabalho, pedi a todos uma suprema descrição pois não queria que esse caso parasse nos jornais locais, era o mínimo que poderia fazer. Um dos Técnicos me trouxe um livro de bolso e me disse que este estava no bolso da camisa, era um livro esquisito um escritor que no meu tempo de faculdade já havia ouvido falar dele – Albino Forjaz – o nome do livro era palavras cínicas...
Enzo de Marco

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Algo sobre a Segunda feira ou ( Elegia a ressaca)





É cara! As novidades sempre acontecem e se você não ficar atento o mundo te engole e sem mastigar meu caro!
Tomar cerveja todos os domingos, fazer planos na segunda e apenas viver durante a semana, a cada dia isso é bem comum. Tento descobrir qual o motivo de que todas as segundas eu me sinto um derrotado e quando chega a sexta – feira estou me sentindo um super herói?
Não sei por que mais hoje pela manha me lembrei de uma amigo que levou um tiro por estar correndo na praia, um policial pediu parar como ele não parou, recebeu uma bala na barriga, o mais engraçado disso foi que quando perguntaram a ele porque ele não parou a uma ordem do policial ele simplesmente disse que não ouviu porque estava com o fone no ouvido escutando musica enquanto se exercitava. Mais tudo deu certo no final, agora ele esta bem, e ainda existem pessoais que não acredita da causalidade da vida.
Um gosto azedo na boca, toda segunda é assim, planos de novas vidas, de mudanças interior, de perspectiva diferente, de dietas de começar algo novo. Planos só planos, todos eles vão por água abaixo no meio da semana.
Essas coisas não inevitáveis, minha cabeça dói um pouco e só de pensar nisso eu fico tonto, meio nauseado e corro para o banheiro e coloco toda aquela gosma preta para fora. Sinto-me melhor e durante o dia sei que isso vai passar. Hoje pela manhã assim que acordei fiz algumas flexões não sei porque apenas tive vontade e fiz .
Estou de ressaca , tomei uma aspirina para me sentir melhor.

Enzo de marco

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Carlos e sua Bíblia ou Tenha Fé





_ Carlos eu já estou cansada!

Essa frase não me saia da cabeça, já havia cerca de uma semana que Juliana (minha esposa), havia me dito isso. Ela me dizia que estava cansada de viver uma vida de privações, cansada de viver sem dinheiro e de viver com um homem fracassado.

_ É! Ela já estava cansada de um maldito sonhador...

Sentado na cama de sua mãe, Carlos sente vontade e chora. Sem emprego, sem casa, sem dignidade e sem mulher. Não pensa na morte porque não tem coragem, ele apenas se deixa levar por esse grande turbilhão de vidas.
Já sentado na sala da casa de sua mãe, liga a TV e morrendo por dentro, não sabe mais o que fazer, todas as noites ele chora na solidão do seu antigo e empoeirado quarto, se maldizendo e pedindo perdão a Deus pelos pecados e pela merda de homem que se tornou...
Carlos esta só! Todas as noites na tentativa de melhorar sua vida, pega uma pequena bíblia e acredita que sua felicidade depende daquele pequeno pedaço de papel...


Fim alternativo

Carlos esta só! Toda noite na tentativa de melhorar sua miserável vida, pega uma pequena bíblia e acredita que sua felicidade depende do mero querer Divino.

Enzo de marco

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Um “nós” no tempo

A princípio uma noite comum de sexta-feira do mês de março... Não havia suspeitas de que ela viesse a se tornar palco de declamação de coisas antes sentidas e nunca ditas. O tempo demarcava aquele espaço, trazendo à tona uma reflexão sobre o que foram o que estavam sendo e o que possivelmente virão a ser (se bem que essa parte é bem melhor deixar por conta do próprio tempo encaminhar). Rememorar sensações, percepções e ações, conduzia pensar como foi vivenciar todos aqueles momentos de muita intensidade. Momentos estes marcados pelo entrelaçamento dos corpos,..., sintonia de respirações e (trans)pirações, uma pausa para degustar um vinho! Aquela modernidade que era cantada por Cazuza. Vivemos! Nesse momento nos remetemos a ser intactos projetos imaturos, era indolor querer e sentir tudo com muita avidez, a fome um do outro, não cabia no tempo que tinha a ser vivido, aceleramos corações e pulsos... Devoramos-nos sem medo, sem pudor, sem dó... A principio era uma noite comum de sexta-feira do mês de março e já passa da meia noite, um copo de cerveja e palavras, muitas palavras soltas pelo ar e com um incrível cheiro de confissão, o tempo era úmido e as vontades latentes. Com sempre a juventude vem acompanhada de muita avidez, e às vezes nos faz tomar atitudes tolas, o prazer desesperado... Mais o que há de mal nisso? Somos apenas desejos, somos apenas vontades, muitas reprimidas, muitas sublimadas, vinho baratos, cervejas geladas, e aquários lindos e loucos, onde o bom senso não vigora e o chapeleiro maluco è o imperador. No balanço de Elvis continuamos nosso papo, conversas loucas a beira da fogueira, contando e relembrando historias passadas. Historias onde a preocupação era a ultima a fazer parte das rodas de alegria, tempos onde as quartas havia muitas poesias e garotos reprimidos pela família, loucos por vidas, loucos por liberdade, loucos por serem apenas eles. Eh! Garotada era apenas uma sexta, que já não era mais tão comum e já chegava a cinco da manhã, a um bom tempo não víamos o sol nascer, nem sentimos seu calor bem cedinho, cheiro de um novo dia a nos mostrar que há vida no mais remoto lugar.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Psicografia sobre o por vir ou (escrita inconsciente)



É tempo de mudanças, brutas ou não elas irão acontecer você meu caro amigo será levado por elas, À percepção vai se encarregar disso tenha completa certeza. Será preciso não ser rijo, será preciso ser rijo, será necessário estar ciente deste processo ou serás engolido como uma grande massa de bolo.
Os grandes homens de conhecimento cuidarão disso, ele nos auxiliarão nesse esquema todo, mostrarão o caminho e farão as coisas entrarem na linha como sempre fazem a distancia.
E o que estar por vir não é mera coincidência, pois é a Nova Era que está dando as caras por ai e em cada um dos seres trarão em si, zilhões de informações que explodirão em nossas cabeças como raios cheios de cores e sensações, todos estarão lá, mais uma vez será incrivelmente lindo. Cara! como eu gostaria de descrever isso com mais precisão.
Certamente meu Caro! Alguns dos nossos cairão, sucumbirão ou se perderão pelo caminho, pois estes serão tentados pelos nossos inimigos que saberão identificar os de mentes frágeis, no entanto surgirão os redentores, os heróis , os seres alados que estarão sempre ao nosso auxilio nos fortalecendo e criando armas para lutarmos contra o inesperável e daí que perceberemos que eles sempre estiveram nos auxiliando , porém nunca observamos com atenção.
No inicio meu protegido! O sofrimento será regra de extrema necessidade, mais este estado não permanecerá por muito tempo, pois as provações já estão sendo realizadas, As consciências corrompidas cairão e com elas cairão também toda essa lama de inveja e egoísmos e bobagens...
Virá o novo e o mundo será sincero.
Era 04h da manha, acordo com o corpo molhado de suor e com uma dor de cabeça incrível, levando tomo uma aspirina e percebo que na cama tinha uma folha com estes escritos, a letra era bastante diferente da minha e não me recordo de ter escrito nada , aos poucos foi me lembrando de pequenos acontecimento na noite , nada muito importante, só de ter sentido a sensação de eletricidade ou algo parecido como uma corrente elétrica nas minhas costas e o apagão.

Enzo de Marco

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Carlos Ferrabrás ou ( A Saga de Um Grande Detetive)




São 03hs da madrugada, estou de Platão na delegacia, é uma quarta-feira, e como sempre pouco movimento, na verdade o de sempre, brigas de putas, pequenos furtos e um cara que espancou uma travesti que tentou roubá-lo.
Sou detetive nesta velha cidade, aqui tudo é quente, os dias, as noites, as águas, as cervejas e, sobretudo as mulheres, ainda mais se rolar alguns trocados depois do sexo e por falar em sexo, esta cidade transpira ele, seja na musica, roupas, fala andar etc...
È verão e o grande cheiro de felicidade esta no ar, pessoas do mundo inteiro vêem para cá em busca de seu bom pedaço de felicidade e eu como um mero cão de guarda preciso manter a ordem e ganhar alguns trocados e sustentar meus suaves vícios, que afinal são poucos (dariam até para contar nos dedos...)
Ah! Deixe me apresentar, meu nome é Carlos Ferrabrás, sou detetive aqui em salvador, carrego nas costas o peso da tranqüilidade desta “contente” cidade, tenho 47 anos fudendo e sendo fudido pela vida, adoro jogos de bicho, acredito fielmente que irei ganhar e viver o sonho soteropolitano.
È! Agora são 03:15 e a porra do tempo demora de passar, gostaria poder dormir um pouco , nem que seja um pouquinho só, agradeço isso a merda do meu trabalho ... Pego uns comprimidos no bolso da calça e tomou-os com um gole de conhaque que guardo no cantil escondido no casaco . Antonio bate na porta e entra, o filha da puta entrou correndo, tento esconder o cantil mais ele viu, Antonio é um cara legal bastante conhecido na cidade pelos seus métodos de persuasão, ele consegue uma confissão mais rápido que um trem bala e o mais escroto disso tudo é que ele se orgulha dessa grande merda.
Ele entrou na sala pediu desculpas e com um sorriso amarelo de orelha a orelha veio me informar que o meu palpite estava certo e que eles haviam prendido “O Pernada” um traficante perigoso que era temido pelos inimigos pela forma sanguinária de eliminar seus inimigos. Fui lá à cela bater um papo com ele e explicá-lo melhor de forma mais empírica de como funciona o sistema e os seus mecanismos de punição... Chegando lá uns caras já haviam amaciado a carne um pouco para mim não tive muito trabalho para consegui uns nomes. Terminei o serviço e voltei para minha sala Bebi dois grandes goles de conhaque fui ao banheiro lavar minhas mãos tinha um pouco de sangue nela, olhei aquilo. Cara foi horrível! Uma mistura de desprezo, euforia e vergonha, lavei meu rosto, peguei um pouco mais dos comprimidos e joguei-os para dentro com um pouco do conhaque, tranquei a sala e disse que não queria ser incomodado.
Enzo de Marco

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Bêbado, rouco e louco




Despertei, abri meus olhos, a claridade me incomodou, um gosto azedo na boca, gosto de ressaca, me recordo de pequenos fatos.
Algumas garrafas de vinho e cervejas, diversos rostos e risos, bastantes risos. Lembro-me que era um final de ano, não me recordo a data nem mesmo o dia muito menos o ano, o cheiro de Natal estava no ar, com seus presentes falsos e risinhos enlatados, essas coisas há um bom tempo não me preocupa mais, e isso pouco importa agora, só sinto que toda vez que me olho no espelho pareço um derrotado.
Tenho pouco mais de 30 anos, tenho a aparência de um velho de 50 anos e sinto-me como um ancião de 90 anos. Ontem à noite fui apresentado ao namorado de minha mãe, o garoto deve ser bem mais novo que eu pelo menos uns 10 anos, sinceramente não sei o que sentir em relação a isso a única coisa que não consigo tirar da cabeça, era a cena daquele idiota transando com minha mãe, e os dois fazendo sexo selvagem, não que eu seja um porco moralista metido a puritano, mais o fato é que não conseguia tira isso da minha cabeça, nem por um minuto.
O sol ainda continua me incomodando, tento ignorá-lo e voltar a dormir, no entanto o calor estar infernal, de matar até o diabo. Penso no trabalho e em outras coisas sem importância. Lembro-me da gata que estava me dando mole, mais não sei por qual motivo não dei muita trela eu acho que estava mesmo querendo encher a cara (agora me arrependi).
Tento me levantar (mais que saco!) ainda estou meio bêbado, tento não me mexer, sinto umas pontadas na barriga, que vou ficar de caganeira, deve ter sido as diferentes tipos de cervejas, mais isso tudo é uma grande merda mesmo, já deveria saber disso, o pior é que sempre isso me acontece. Mais uma vez penso no tempo e no estrago que ele faz na gente,volto a pensar no babaca transando com minha mãe, dessa vez não agüento coro para o banheiro e dou uma monstruosa cagada , ensaio fazer uma meditação ali mesmo na privada, não consigo o fedor é terrível, termino o serviço tomo banho e vou a rua tomar café e comprar um maço de cigarro.

Enzo de marco

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A Vida bela de Camila ou (Minha vida é uma TV)




John Secada está velho! Foi isso que ela pensou quando viu o seu grande ídolo na TV.
Camila já contava suas 35 primaveras e o tempo não foi modesto em deixar marcas profundas em seu rosto. Ela senti a cada dia que já não tem a mesma vitalidade que tinha antes.
Nostálgica, estar sempre com o pensamento no passado, como alguém que deixou algo por fazer, ela se sentia um fantasma errante, que só encontrará a paz interior assim que completar seu ciclo na terra.
Lembra – se quando era uma jovem e esperançosa acreditava no sonho da cidade grande e vivia desejando mais, e mais e mais apenas desejava... Hoje pesa o triplo do que pesava antes e não conseguiu se quer arrumar um marido e seria capaz de contar nos dedos os rapazes com que namorou EH! Poucos a agüentavam. Resumiriam sua vida como desejos e frustrações. Cuidava de seus pais e sempre foi considerada a titia da família.
Camila adorava ver novelas, idealizava sua vida numa historia de novela, acreditava fielmente que um dia seria a mocinha da novela e que seu herói chegaria no momento certo e a tiraria de sua prisão .
Mais o tempo na sua vil verdade foi passando e com ele levando toda a esperança beleza e inocência de Camila, agora não mais com o rosto belo e nem vontade de querer coisas novas, a cada dia engorda mais e se frusta mais, não chora mais, e nem mais reclama, seus dias são incrivelmente perfeitos na frente da TV lá ela pode ser quem quiser desde que a programação diga...

Enzo de marco

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

se ensinasse escrita criativa, perguntou-me, o que lhes diria?




diria para terem um desgosto amoroso,
hemorróidas, dentes podres
beberem vinho barato,
evitar a ópera e o golfe e o xadrez,
mudarem a cabeça da cama
de parede para parede
e depois diria para terem
outro desgosto amoroso
e para nunca usarem computador
portátil,
evitarem almoços em família
ou serem fotografados num jardim
com flores;
para lerem Hemingway só uma vez,
passarem por Faulkner
ignorarem Gogol
verem fotografias da Getrude Stein
e lerem Sherwood Anderson na cama
enquanto comem bolachas de água e sal,
perceberem que as pessoas que falam de
liberdade sexual tem mais medo do que vocês.
para ouvirem E. Power Biggs a tocar
órgão na rádio enquanto enrolam
um Bull Durham às escuras
numa cidade desconhecida
com um dia para pagar a renda
depois de abandonar
amigos, família e trabalho.
para nunca se considerarem superiores e/
ou justos
e nunca tentar ser.
para terem outro desgosto amoroso.
observarem uma mosca no verão.
nunca tentar ter sucesso.
nunca jogar bilhar.
para se mostrarem verdadeiramente furiosos
quando descobrirem que têm um pneu furado.
tomarem vitaminas mas nunca fazer exercício físico.

depois disto tudo
inverter o processo.
ter um bom caso amoroso.
e aprender
que não há nada nem ninguém a saber tudo –
nem o Estado, nem os ratos
nem a mangueira do jardim nem a Estrela Polar.
e se algum dia me apanharem
a dar uma aula de escrita criativa
e lerem isto
eu dou-vos um 20
pelo cu
acima.

Velho BUK