sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Estrada da Mutação ou (mudança no caminho)




Não! Não podemos parar, a estrada é longa e a noite é fria.
De longe percebo que olhos nos seguem, olhos vermelhos e gelados olho de raios-X Cercam-nos a alma e nos cegam de medo.
Não podemos parar mesmo sem motores e nem asas, o horizonte estar na nossa frente e é grande a estrada, os corvos estão à espreita, querem arrancar nossos olhos, existe uma lenda que diz que os olhos são entrada da alma.
Ah! cara como as coisas estão difíceis. Sempre vemos pessoas na beira da estrada, cansadas, sofridas, solitárias e famintas, penso que talvez pare um dia assim como elas, penso em ajudá-las, me parece um pouco impossível, pois nem sei se elas querem ser ajudadas, a grande verdade é que nem eu nem elas sabem do que devem ser ajudadas.
Nossa! Como é longo este caminho, inúmeras pedras, buracos e espinhos, sangue e gritos são comuns. Muitos não resistem e desfalecem... Desistem. Uma coisa tenho certeza é que cada pedra que tropecei, que cada buraco que cair e espinho que perfurou minha carne ajudaram a construir este ser em completa metamorfose.
Enzo de Marco

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Balada do amor


Não quero amar, não! Nunca mais
que esse negocio de amor
já não se faz sem punhais.
Mister dos mistérios tais
Ah! Eu nasci perdedor.
Pra que mentir de fingidor
das dores tão reais.
Que romantismo e insolência
torna-se o amor em violência
só à paixão luz natural
tesão de deusa pagã
que vence o amor a La D.Juan
certeza e gloria de fazer o mal.
Amor que move o sol e outras estrelas...
Ah! Quem penou a luz delas,
esses eu conheço de outros carnavais.
Deixem-me ser aprendiz
do amor perverso, do amor feliz.
Lugar comum de anjos e animais.
Belchior