quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O meu fim no Hospício





Era noite e chovia muito, me recordo de estarmos no inverno, o vento frio não deixava nos esquecermos disso, meu corpo doía muito, tentei levantar a minha cabeça e não consegui, tentei visualizar as minhas mãos com a visão ainda turva fiquei supresso em ver que estavam amarradas. Eu Acordei num hospício e eu nunca me imaginei acordar em um hospício.
Esta tudo muito confuso, minha mente ainda estava muito confusa e me recordo apenas que pequenos fatos.
Muitos loucos! Evidente! Gente muito doente, muito doente mesmo e eu era um deles. Batiam-nos, nos cuspiam e tiravam toda a nossa dignidade a cada dia a sensação que tinha era de que a vida já não fazia mais sentido. Bordoadas nas pernas e eletro choques isso era cada dia mais constate.
Imagens flores e perfumes passavam em minha mente, todos os dias na mesma hora eles me traziam o remédio que eu fingia tomar segundo ele aquilo me faria ver o mundo melhor , me tornaria mais feliz !Tudo mentira.
Dias, meses e anos se passaram e a cada hora eu já não sabia quem eu era, ou melhor, o que eu havia me tornado nada mais fazia sentido eu apenas queria ficar longe que alguns problemas, só que sempre eles aconteciam. Numa briga que tive feri gravemente um cara, nem sei quem ele era, poderia ser um estripador ou até mesmo apenas um doente, só sei que ele queria me matar e numa luta acredito eu que justa acabei com a vida dele, não senti medo muito menos receio apenas fiz. Em meio a luta e com as mãos vermelhas de sangue senti uma pancada bem forte na nuca e apaguei.... Quando acordei estava na mesma sala que estou agora com pés e mãos amarrados e um monte de fios na minha cabeça, olho em minha volta de vejo apenas três pessoas seus rosto me eram bastantes conhecidos dois eram enfermeiros brutamontes que estrupavam algumas internas e o outro era o medico omisso de corrupto.
Ali senti que meu fim estava próximo, vi nos olhos deles certa satisfação no olhar, todos riram de mim e um deles cuspiu em mim, me chamou de idiota e disse que eu iria fritar, senti um gosto de sangue na boca. Como antes não tive medo e fechei os olhos ....a ultima coisa que vi foi risos frios e secos....

Enzo de Marco