sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Carlos Ferrabrás ou ( A Saga de Um Grande Detetive)




São 03hs da madrugada, estou de Platão na delegacia, é uma quarta-feira, e como sempre pouco movimento, na verdade o de sempre, brigas de putas, pequenos furtos e um cara que espancou uma travesti que tentou roubá-lo.
Sou detetive nesta velha cidade, aqui tudo é quente, os dias, as noites, as águas, as cervejas e, sobretudo as mulheres, ainda mais se rolar alguns trocados depois do sexo e por falar em sexo, esta cidade transpira ele, seja na musica, roupas, fala andar etc...
È verão e o grande cheiro de felicidade esta no ar, pessoas do mundo inteiro vêem para cá em busca de seu bom pedaço de felicidade e eu como um mero cão de guarda preciso manter a ordem e ganhar alguns trocados e sustentar meus suaves vícios, que afinal são poucos (dariam até para contar nos dedos...)
Ah! Deixe me apresentar, meu nome é Carlos Ferrabrás, sou detetive aqui em salvador, carrego nas costas o peso da tranqüilidade desta “contente” cidade, tenho 47 anos fudendo e sendo fudido pela vida, adoro jogos de bicho, acredito fielmente que irei ganhar e viver o sonho soteropolitano.
È! Agora são 03:15 e a porra do tempo demora de passar, gostaria poder dormir um pouco , nem que seja um pouquinho só, agradeço isso a merda do meu trabalho ... Pego uns comprimidos no bolso da calça e tomou-os com um gole de conhaque que guardo no cantil escondido no casaco . Antonio bate na porta e entra, o filha da puta entrou correndo, tento esconder o cantil mais ele viu, Antonio é um cara legal bastante conhecido na cidade pelos seus métodos de persuasão, ele consegue uma confissão mais rápido que um trem bala e o mais escroto disso tudo é que ele se orgulha dessa grande merda.
Ele entrou na sala pediu desculpas e com um sorriso amarelo de orelha a orelha veio me informar que o meu palpite estava certo e que eles haviam prendido “O Pernada” um traficante perigoso que era temido pelos inimigos pela forma sanguinária de eliminar seus inimigos. Fui lá à cela bater um papo com ele e explicá-lo melhor de forma mais empírica de como funciona o sistema e os seus mecanismos de punição... Chegando lá uns caras já haviam amaciado a carne um pouco para mim não tive muito trabalho para consegui uns nomes. Terminei o serviço e voltei para minha sala Bebi dois grandes goles de conhaque fui ao banheiro lavar minhas mãos tinha um pouco de sangue nela, olhei aquilo. Cara foi horrível! Uma mistura de desprezo, euforia e vergonha, lavei meu rosto, peguei um pouco mais dos comprimidos e joguei-os para dentro com um pouco do conhaque, tranquei a sala e disse que não queria ser incomodado.
Enzo de Marco