segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Todos somos seres da noite ou (coisas das sombras)





Que a noite venha logo e traga com ela toda a virtude dos experimentadores, dos anarquistas, dos rebeldes e dos bêbados. Que ela caia como uma tortura para os ímpios, os puritanos, os sóbrios, os moralistas e os fracos. Que a dor venha e traga com ela a cura desse mal e que passe a ser um instrumento de transformação, que essa dor seja apenas um instrumento, só mais um instrumento que utilizaremos para essa transformação.
À noite e seus mistérios, sempre vem e trazem consigo a glória do ressurgir e a nobreza do resignificar e assim as coisas nunca mais serão as mesmas e a vitória, sempre tem o gosto de derrota / quem vence na verdade? E quem perde?
O perdedor sempre será perdedor e levará com sua alma o estigma dos filhos de Caim...
A noite como um silêncio soturno, frio e calmo, deve chegar logo ludibriando e pacificando todos os corações, pois tudo que é DIA virará NOITE.

Enzo de Marco

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Eternas Quartas do vinho ( Viva a Boêmia Filosófica)





Nós temos uma imensa vontade
De abraçar o mundo
Gostaríamos da companhia de todos
Junto a nós, no boteco da esquina
Gostaríamos de compartilhar com todos
As dores de se ser gente
É assim que se aprende
Queríamos ouvir os bêbados e suas filosofias
Suas mais belas filosofias, verdadeiras ou não...
Ouvir os loucos, os desiludidos
Os apaixonados...
Queríamos aprender com eles, os apaixonados
A magia do amor
Mas dizem que amor não se aprende
queríamos sair do bar tombando pela calçada
Abraçados a um desconhecido
Eis o verdadeiro amigo!
As vozes em tom alto, indignadas...
As vozes de cantores de banheira
Na sua mais alta afinação
Numa sintonia efervescente com o coração
queríamos poder compartilhar com o solitário
e sua cerveja
Aquele barulho ensurdecedor do silêncio
Ele, a cerveja e sua lágrima

(Texto Extraído do manual da Grãn Unidade Cósmica)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Estrada da Mutação ou (mudança no caminho)




Não! Não podemos parar, a estrada é longa e a noite é fria.
De longe percebo que olhos nos seguem, olhos vermelhos e gelados olho de raios-X Cercam-nos a alma e nos cegam de medo.
Não podemos parar mesmo sem motores e nem asas, o horizonte estar na nossa frente e é grande a estrada, os corvos estão à espreita, querem arrancar nossos olhos, existe uma lenda que diz que os olhos são entrada da alma.
Ah! cara como as coisas estão difíceis. Sempre vemos pessoas na beira da estrada, cansadas, sofridas, solitárias e famintas, penso que talvez pare um dia assim como elas, penso em ajudá-las, me parece um pouco impossível, pois nem sei se elas querem ser ajudadas, a grande verdade é que nem eu nem elas sabem do que devem ser ajudadas.
Nossa! Como é longo este caminho, inúmeras pedras, buracos e espinhos, sangue e gritos são comuns. Muitos não resistem e desfalecem... Desistem. Uma coisa tenho certeza é que cada pedra que tropecei, que cada buraco que cair e espinho que perfurou minha carne ajudaram a construir este ser em completa metamorfose.
Enzo de Marco

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Balada do amor


Não quero amar, não! Nunca mais
que esse negocio de amor
já não se faz sem punhais.
Mister dos mistérios tais
Ah! Eu nasci perdedor.
Pra que mentir de fingidor
das dores tão reais.
Que romantismo e insolência
torna-se o amor em violência
só à paixão luz natural
tesão de deusa pagã
que vence o amor a La D.Juan
certeza e gloria de fazer o mal.
Amor que move o sol e outras estrelas...
Ah! Quem penou a luz delas,
esses eu conheço de outros carnavais.
Deixem-me ser aprendiz
do amor perverso, do amor feliz.
Lugar comum de anjos e animais.
Belchior

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Das 32 horas que teria com você ou ( Confissões de uma amante )



Você vai chegar, fico imaginando o beijo que vai durar por dois minutos, o abraço caloroso, um olhar de saudade e de paixão. Mas eis que te vejo, você dá um abraço que une as partes exatas do corpo, mas que afasta com a desculpa do suor, dá um selinho e diz do cansaço da viagem.
Percorre minha casa com pressa, pergunta pelas pessoas, quando chegar, como vão... pega sua chave e sai.
Quarenta minutos depois volta, de banho tomado, com fome. Chama para um lanche e conta do trabalho, das coisas que encontrou em casa e do que precisa fazer. Segura nada mais que dois dedos da minha mão.
Voltamos, falamos da saudade do sexo, da vontade e você faz planos para um momento de amor sublime. A essa altura já vejo que tudo vai ser igual, que não passa de falação. Na despedida uns beijos quentes que mal alcançam a língua, já estão nos seios, uma vontade animal e o sexo rápido, a tontura é momentânea e a vontade de dormir chega, fruto do cotidiano e do momento.
Chega o outro dia, meu plano de com você rever e curtir a cidade sucumbe com a rotina, as pessoas para ver, os bichos para cuidar. Entre o almoço, às vezes antes outras depois, começam os copos de cerveja e o vinho barato. Já é tarde, as horas estão passando, não te vejo ou te vejo de relance, você passa sem camisa, com os cabelos ao vento, já se reapropriou do ambiente, é como se nunca tivesse saído.
Chega a noite, antes já nos falamos telefone algumas vezes, você diz que a noite vai ser minha, ou será que serei sua, já que é você que diz? Fico a espera mesmo sabendo que tudo é possível. Você já tomo várias, ainda quer mais, sai para a roda e volta no tempo da vontade e depois de todos os encontros.
Quando cedo, nos encontramos as vinte e trinta, vinte e uma, se minha paciência e minha raiva deixarem, não brigamos. Caso eu não esteja com o limiar tão alto assim, rola uma briga depois do seu banho. Se não, alguns momentos de sexo, com um pouco mais de tranqüilidade, com juras de saudade. Mas aí o tempo já passou, volto para casa e durmo.
Resta o domingo, um almoço coletivo e quando sobra...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Homens carros (E o espírito do tempo)

É engraçado de como essas coisas insistem em acontecer comigo, se alguem me contasse certamente eu não acreditaria e acharia tudo uma grande historia.
Quero falar de como percebi que este poema /poesia/ musica, veio parar em minha mãos. Foi num domingo onde fui tocar junto com uns amigos num teatro aqui no suburbio, até então tudo normal só que percebi que ele estava lá , dentro da capa que eu guardo o meu contra-baixo.


Homens carros vieram da estrada
Somente para te dizer que de fato
Os seus veículos possuem
Um coração
Se acaso você duvida
Então tente lhes convencer


Homens carros
Na incerteza da estrada
Não tem o que esconder
Vão seguindo
O caminho do vento que sopra
Em turbilhão
Estão em busca do espírito
Do tempo que começou

Homens carros
Conquistam horizontes
Até mesmo sem perceber
Que na neblina da vida
Os leva sempre a colidir com tudo aquilo que
Sonharam e deixaram de ir buscar

Benjamim

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A herança que um avô pode deixar para seu neto





Todos os dias religiosamente as 6.00h da manha o velho Ciro vai a padaria comprar pães e leite bem quentinho para o café de sua família. É verão na grande e bela Salvador, Seu Ciro é o grande patriarca da família Oliveira, tem cerca de 90 anos e nem sabe realmente a quantidade de anos que tem, mais tem certeza de que já viveu bastante tempo parar apreender a natureza humana e seus perigos. Pai de quatro filhos, todos já adultos e bem criados ele se orgulha muito desse feito, cidadão de classe média, Ciro era um homem calado, gostava de falar pouco e o único vicio de tinha era fumar o seu cachimbo, costume que adquiriu quando retornou da guerra, é Seu Ciro foi para a 2º Grande Guerra, na época estava com um pouco mais de vinte anos e tinha acabado de se formar oficial do exercito brasileiro. Para ele era tudo novidade, e até ficou bastante excitado em saber que iria poder atirar em alguns nazistas, o clima era o melhor possível. Quatro semanas dentro de um navio faz mudar um monte de coisas. Ciro até hoje se lembra dos enjôos e vômitos que teve no caminho...
Em meio à guerra, morte, dores, grito e horrores, a morte esta a espreita sempre agarrando alguém, com sua sede insaciável de sangue. Agora para Ciro tudo era desespero e tristeza, já não havia encanto e muito menos nobreza em matar seja qualquer que fosse o ideal, No meio de uma batalha qualquer Ciro levou um tiro na bunda, o qual ganhou um passaporte de volta para casa .
Já na grande, bela e pacifica terra brasilis Ciro com uma bela cicatriz nas nadegas e uma visão completamente modificada sobre o que é o homem e suas proezas ele tenta reconstruir a vida e esquecer de que um dia já esteve no inferno.
Ciro constitui família e vai seguindo o seu rumo sem olhara para trás , quando surge qualquer conversa sobre sua ida p/ a Europa ele logo desconversa e muda de assunto, sempre fugindo e esquivando de conversas desse tipo, segue sua vida se cidadão comum e quase sempre se esquece das coisas que viu. O tempo passa a idade vai chegando assim como os netos e as missão e os almoços de domingo etc e tal...
Era um domingo, o dia estava quente de úmido, a cidade transpirava verão, o cheiro de maresia estava no ar, aliás ele sempre esta pairando no ar de Salvador, A Família de Ciro todo o domingo religiosamente vai até a casa dele para o almoço dominical, como sempre acontece todos conversam e contam como foi a semana, Ciro com a sua parcimônia adquirida com a idade ele escuta atenciosamente a todos falarem e apenas com monossílabas participa da conversa. Até que um informe e deixou bastante inquieto. Ficou sabendo que seu neto Davi estava querendo entrar no exercito e que aquela semana queria que com a influencia que o seu avô tem, pudesse dar uma certa ajuda.
Davi era o neto mais velho de Ciro de pela morena e cabelos negros tinha uma vivacidade característica de um soteropolitano, era um individuo somatotônico, virtuoso, porém jovem e todas as implicações que isso pode causar. Davi contemplava as pessoas de seu mundo pelos sinceros túneis dos olhos, sobretudo o avô a quem ele tinha como uma referencia de força e magnitude. Todos sabiam que Davi era o neto que Ciro tinha mais afinidade, sentia que era um jovem puro de coração, vi em seus olhos certa nobreza incomum a todos os jovens que conhecia, tinham uma afinidade muito grande.
Mais ao saber daquela informação ficou bastante tenso, a informação de que seu neto preferido iria entrar numa grande enrascada. Ele pacientemente aguarda o momento certo e chama Davi para seu quarto, pois queria mostrar algo a ele, algo que modificou a vida dele e que certamente modificaria a vida de Davi.
Ciro pegou em uma caixa bem antiga algumas fotos de quando era jovem e uma medalha, olhou bem fundo nos olhos de Davi, o qual sentiu um frio nunca sentido antes. Afinal de conta ele nunca tinha o olhado com tanta intensidade. Ciro percebeu o qual o clima ficou tenso e falou suavemente para Davi sobre a natureza de um soldado, embora o seu conhecimento tenha sido de muitos e muitos anos atrás.Falou ao neto da triste dignidade que pode ser inerente a uma soldado e de como é necessária diante de todos os fracassos do homem e talvez seja uma penalidade por nossas fragilidades, Ciro explicou – o que as humilhações são infligidas a fim de que ele possa, quando chegar o momento certo, ele não se sinta muito ressentimento com a suprema humilhação e se tornar indiferente a morte repulsiva e sem sentido.
Ciro conversava com Davi olhando nos olhos profundamente, não o encarava mais como uma criança e sim como o homem que um dia também foi, perdido e cheio de ilusões.
Continuou Dizendo.
- Você deve saber Davi que um soldado é o mais sagrado de todos os seres humanos, porque é o mais testado, entre todos. Vou tentar explicar. Ao longo da historia, os homens têm ensinado que matar qualquer homem é uma coisa ruim, muito ruim, um pecado talvez o pior pecado que conhecemos que não pode ser admitido, e quando um infeliz resolve fazer isso , ele é logo destruído pela Sociedade. No entanto em tempos de guerra pegamos um soldado e confiamos a ele a capacidade de matar e por mais absurdo que pareça mandamos que a use . – Use bem esse poder, use sabiamente. Pois não lhe faremos qualquer restrição. Saia e mate tantos homens inimigos quanto puder e vamos recompensá-lo por isso, mesmo sendo uma violação de todo o seu condicionamento.
Davi com os olhos já cheios de lagrimas e a boca completamente ressecada, pensou em fazer uma pergunta, mais, no entanto a prudência e o medo o fizeram recuar. Seu avô completamente emocionado percebeu que Davi queria fazer uma perguntar e se antecipou passou a não nos cabeços encaracolados de Davi com um jeito bem terno e continuou:
- Meu neto querido eu gosto muito de você e quero te contar tudo, afim de que não tenha qualquer surpresa. Eles vão tirar todas as suas roupas, mais não fica só nisso, Vão tirar toda e qualquer dignidade que possa ter, e perderá o que considera seu direito de viver e ser deixado em paz para viver. Será obrigado a viver , comer , dormi e cagar junto com outros homens . e quando você se der por se ninguém será capaz de te distinguir dos outros. Não poderá de forma alguma se distinguir dos outros soldados.
Depois de um certo tempo você não terá qualquer pensamento que os outros também não tenham , não conhecerá qualquer palavra que os outros não conheçam e fará as coisas que os outros também fazem e a pior parte e que sentirá perigo em qualquer diferença e se encarregará pessoalmente em eliminá-la o mais rápido possível de sua convivência .
Por mais que ache que com você seja completamente diferente , tenha plena certeza de que não será e caso você não queira te direi algo muito importante: - As Vezes sempre aparece um homem que não faz o que lhe é exigido , e quando isso acontece o sistema inteirinho se empenha friamente na aniquilação do diferente . Eles certamente vão exterminar seu espírito, sua coragem, o seu corpo e a mente, até eliminarem por completo a diferença perigosa. Preste atenção em tudo que estou te dizendo. Há homens que mergulham, submergem na vala comum, mais depois se levanta mais ele próprio do que antes, porque perderam a mesquinhez da vida. “quanto mais fundo você se enfiar mais alto poderá se elevar”.
Tendo esse pensamento meu neto conhecerá uma alegria sagrada, um sentimento de companheirismo que nenhum outro homem já viu. Conhecerá toda a qualidade do homem assim como todas as suas fraquezas.

.....Continuação....

Enzo de Marco

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O jovem de Barba Grande

O jovem homem de barba grandes, pela rua caminha em busca de algo, cabelos negros, pele morena e olhar quebrado... Ele apenas caminha, a cada passo deixado no chão um pensamento é solto no ar, coisa que aconteceram, coisas que acontecem e coisas que acontecerão.
As crianças nas ruas o observam com medo, os amigos com desdém, os de almas nobres o observam com grande admiração e as mulheres com ASCO, e ele indiferente a tudo, apenas continua a caminhar. No coração a nobreza, na mente milhões de idéias e no bolso poucas notas que logo serão trocadas por uns cigarros.
O jovem de barba grande, sempre maldito, não conversa com ninguém, não por escolha, o problema é que as pessoas não se propõem a dialogar.

Enzo de marco

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O meu fim no Hospício





Era noite e chovia muito, me recordo de estarmos no inverno, o vento frio não deixava nos esquecermos disso, meu corpo doía muito, tentei levantar a minha cabeça e não consegui, tentei visualizar as minhas mãos com a visão ainda turva fiquei supresso em ver que estavam amarradas. Eu Acordei num hospício e eu nunca me imaginei acordar em um hospício.
Esta tudo muito confuso, minha mente ainda estava muito confusa e me recordo apenas que pequenos fatos.
Muitos loucos! Evidente! Gente muito doente, muito doente mesmo e eu era um deles. Batiam-nos, nos cuspiam e tiravam toda a nossa dignidade a cada dia a sensação que tinha era de que a vida já não fazia mais sentido. Bordoadas nas pernas e eletro choques isso era cada dia mais constate.
Imagens flores e perfumes passavam em minha mente, todos os dias na mesma hora eles me traziam o remédio que eu fingia tomar segundo ele aquilo me faria ver o mundo melhor , me tornaria mais feliz !Tudo mentira.
Dias, meses e anos se passaram e a cada hora eu já não sabia quem eu era, ou melhor, o que eu havia me tornado nada mais fazia sentido eu apenas queria ficar longe que alguns problemas, só que sempre eles aconteciam. Numa briga que tive feri gravemente um cara, nem sei quem ele era, poderia ser um estripador ou até mesmo apenas um doente, só sei que ele queria me matar e numa luta acredito eu que justa acabei com a vida dele, não senti medo muito menos receio apenas fiz. Em meio a luta e com as mãos vermelhas de sangue senti uma pancada bem forte na nuca e apaguei.... Quando acordei estava na mesma sala que estou agora com pés e mãos amarrados e um monte de fios na minha cabeça, olho em minha volta de vejo apenas três pessoas seus rosto me eram bastantes conhecidos dois eram enfermeiros brutamontes que estrupavam algumas internas e o outro era o medico omisso de corrupto.
Ali senti que meu fim estava próximo, vi nos olhos deles certa satisfação no olhar, todos riram de mim e um deles cuspiu em mim, me chamou de idiota e disse que eu iria fritar, senti um gosto de sangue na boca. Como antes não tive medo e fechei os olhos ....a ultima coisa que vi foi risos frios e secos....

Enzo de Marco

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Normal ( de uma vida comum)





...Na noite pela rua andando e o cachorro comendo lixo me olhando...

Leandro passa pela rua é um butiquim de quinta categoria onde 4 jovens bebem vinhos cantam essa melodia com seus violões . Todos com caras bastante esquisitas e com personalidades completamente distintas. Leandro ficou um tempo observando aqueles caras bebendo.
Ele (Leandro) é um cara bem normal, trabalho de segurança em um banco Brasileiro que adora esfola sem pena seus empregados, Santos como é conhecido no trabalha, passa o dia todo em pé com uma pistola bem velha na cintura acreditando ser um homem da Lei fazendo a segurança de todos e, sobretudo resguardando o patrimônio de seu patrão. Não tem filhos e mora com sua mãe, sem namorada seu ramos momento de trepada e quando vai a um Brega perto de onde mora pelo menos 2 vezes no mês para trocar o óleo , e só as vezes acredita que realmente é amado por uma daquelas mulheres.
Freqüenta religiosamente todas as terças feiras com seus amigos, um velho jogo de futebol que acontece numa quadra bem próximo de sua casa. Em resumo tem uma vida bem normal, tudo na mais perfeita harmonia. Filho único de uma mãe que se acha mais jovem do que ele e que adora beber e encher a cara com outras senhoras. Ele a ignora apenas convive com ela, sem interferir na mínima coisa na vida dela. Mais, no entanto sente a falta de uma mãe, pois a impressão que mora com uma pré adolescente.
Em raros momentos ele se entrega a esbornia , enche a cara de cerveja e sai por ai. No dia desses de discussão com sua mãe ele resolveu ir para o bar e arejar a cabeça , pegou um ônibus e saiu por ai ,desceu em um bairro que não conhecia e foi logo num bar que estava próximo.
Era um boteco bastante simples, com algumas imagens de santos no pequeno altar e rodeado de folhas e garrafas de cachaça o dono do buteco uma figura completamente esquisita com um monte de cordões no pescoço foi logo colocando uma gelada no balcão e servindo Leandro, tudo tranqüilo lá pelas 3:00 hs da madrugada Leandro completamente bêbado ele foi embora...
A noite era fria e chovia bem fino, sem um guarda-chuva os pingo pareciam pequenas agudas , na noite andando pela rua só tem alguns cachorros que reviram um lata de lixo na rua , ele se lembrou logo da musica...
Retornou para casa, foi viver sua vida normal, no seu trabalho normal, com sua pequena família e seu velho jogo... As pessoas vivem nesse eterno joguete ,ridículo, onde acreditam fielmente que a vida é comer , beber e raras vezes fuder nem que seja pago.
Enzo de marco

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Presente no (do) aniversario ou Presente de uma Aguia





Não tive o direito, não tenho se quer puder ter, nem quis, Aquela coisa que sempre procurei, Ainda não faço questão de encontrar, A cada dia mais distante, mais, mais, mais e mais.
Mais é isso, a droga do meu pescoço doe muito, Não sei qual a causa, as dores são cada vez mais presente no meu corpo. A festa, ah a festa, todos alegremente vivendo suas comedias divinas, cervejas, comprimidos contra dor de garganta e um bom charuto, talvez resolvam essa grande incógnita que nos assombra.
Vejo algumas pessoas na rua comemorando algo de novo, acho que deve ser um aniversario de uma criança, linda e pequena criança, com um futuro imenso pela frente. Percebe-se em seus pequenos olhos uma certa inocência juvenil, com poucos momentos de incerteza sobre um futuro que não sabe...
É uma grande pena eu não poder abraçar aquela linda criança e poder desejá-la todo o bem que existe neste mundo. Como gostaria de olhar bem no fundo dos seus pequenos olhos negros e dar um sincero e verdadeiro beijo em sua testa e dizê-la que não tenha medo, pois, existe um mundo imenso lá fora e que se ela for pura de coração ele conspirará a seu favor .assim como diria a musica : “...Tudo é uma questão de manter a mente quieta a espinha ereta e o coração tranqüilo...”

Enzo de Marco

quarta-feira, 16 de junho de 2010

POBRES ABUTRES



A passos rápidos subo a rua do cemitério, pois não quero te-la como conselheira. Nas lapides descansam abutres famintos com olhos a me seguir, desejam minha carne, meus nervos, vísceras e músculos, querem me ter como refeição. O cheiro de medo segue o meu caminho que eu incauto sigo a trilhar, carros na rua , aves no chão e gritos - A morte finalmente sacia a sua vontade -Os transeuntes param, observam, uns choram outros rezam, mas todos se tranqüilizam por terem mais uma noite. Pobre abutre vejo cair de seus negros olhos uma lagrima e seguindo meu destino me deparo a contemplar : porque choras? Será de tristeza ou de alegria? pois será alimento daqueles que um dia foram sua companhia...


Enzo de Marco

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Uma garrafa e uma vida em uma Praia Qualquer




...It´s The End....

Numa vitrola bem antiga a musica toca e me faz relembrar das palavras ouvidas.
Um gosto azedo na boca, um charuto e uma garrafa de vinho bem fulêra sentando numa poltrona bem velha , tento como companhia idiota sentimento de culpa de algo que nem sei o que é, Só sei que desencadeou um monte de sentimento que a muito vivo lutando . Eh ! Talvez você esteja certíssimo, aqueles adjetivos que me foram presenteados caibam perfeitamente a minha personalidade ( idiota, cafajeste, porco machista, egoista e sobretudo pretensioso). Não!!!. E longe de mim acreditar que esteja fazendo o papel do injustiçado, pois tenho certeza de que neste grande monte de merda todos somos culpados . Este escrito pode ser soar até com um escrito reativo, mais reativa a quê ?
Escuto coisas Leio texto e tenho a arrogância de escrever pequenas idiossincrasias. Mais atire a primeira pedra aquele que não faz isso, seja um baba, um copo de cerveja, um trabalho etc....
Porra ainda estou aqui e meus olhos agora doem, e a tosse ainda é forte, pigarreio e algo me preocupa. – um gosto esquisito de sangue se espalha pela minha boca, tenho medo que de algo esteja errado. O vinho esta terminando e ainda tem muito para pensar... Na porra do trabalho que me esfola todos os dias, nos escritos e nos desejos...
Às vezes penso que tudo isso é um grande sonho, ou melhor, um grande pesadelo, (tola Ilusão ) é a mente tem dessas coisas.
Ontem na Faculdade aquela professora me deu seu telefone, me disse que gostaria muito que eu ligasse para, ela me disse que tenho a boca e o cabelo lindo e que tínhamos muita coisa em comum, acho que ela não tem a mínima idéia de que é feito a minha alma . Mesmo assim acho que vou ligar às vezes é bom se sentir objeto de desejo (mesmo que seja fisicamente) de outra pessoa..

Me chamo Cristian, Cronologicamente tenho 20 anos no entanto, sinto no meu lombo o peso de 50 anos, moro numa cidade litorânea, talvez você me conheça, talvez já tenha me visto, talvez nunca me verá ...
Felicidades
04/06/1969
Cristian


Muitos certamente não acreditarão mais encontrei essa carta numa garrafa de vinho tampada em uma praia localizada no subúrbio ferroviário de Salvador, em uma tarde dessa qualquer que sair para ver o pôr do sol. Gostaria muito de conhecer o escritor dessa carta...



Enzo de marco

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A vida como ela é ( Num quarto de Hotel)



A noite era muito quente e a mulher que estava no meu lado mau sabia a porra do meu nome , era uma dessas mulheres que nós conseguimos com algumas cervejas e falsas juras de amor .
Num pequeno quarto de hotel, baratas passeiam pelos cantos em busca de migalhas de pão e enquanto isso acontece, eu abro uma cerveja e toma - a em goles grandes. Já era madrugada e a puta que esta do meu lado ronca e peida parecendo um porco, a sua única qualidade e que ela e uma mestra na arte da felação. Entediado e sem sono ligo a TV para anestesiar um pouco a minha mente... Um antigo filme Brasileiro na tela, algo parecido com: “A empregada Domestica”. Uma cena me chama atenção, tentarei descrever:
_ Um Barraco em uma favela qualquer, uma cama, uma TV e Duas pessoas uma mulher de meia idade feia e um cara gordo com uma pança cheia de excrementos e um bigodinho ridículo . A mulher com uma garrafa de pinga na mão fazia criticas do programa que o gordão via por um motivo qualquer os dois brigam e o cara imensamente gordo termina por dar umas boas tapas na pobre senhora que bêbada não pôde reagir.. a cena termina com o “gran finale” , os dois trepando como animais sedentos de prazer .
Vendo Aquela cena senti uma incrível ânsia de vomito (não sei se devido as12 cerveja ) corri para o banheiro e vomitei toda aquela “merda” , voltei para a cama e lembrei de um trecho do livro do velho Buck :

22

Acordei deprimido.Fiquei olhando para o teto, as rachaduras do teto, Vi um búfalo saltando alguma coisa.Acho que era eu.Ai vi uma serpente com um rato na boca.O sol aparecia nas frestas da persiana e formavam uma suástica em minha barriga . A bunda coçava. Estariam voltando as Hemorróidas?. O pescoço duro, a boca com gosto de leite talhado.
Levantei-me e fui ao banheiro. Me dava Riva olhar o espelho, mais olhei assim mesmo .Vi depressão e derrota. Bolsas escuras caídas sob os olhos. Olhinhos covardes , os olhos de rato acuado pelo puto gato. A pele parecia que nem tentava. Que odiava fazer parte de mim. As sombracelhas caiam retorcidas, pareciam dementes,dementes pêlos de sombracelhas.Horrível.Uma aparência repugnante. E eu não estava querendo evacuar. Todo entupido. Fui a privada mijar. Fiz pontaria corretamente , mas saiu de lado e molhou todo o chão . Tentei mudar a pontaria , mais acabei molhando a tampa de privada, que esquecera de levantar. Puxei um pouco de papel e passei no lugar. Limpei a tampa. Joguei o papel dentro e dei descarga. Fui até a janela e vi o gato cagando no telhado ao lado. Ai voltei para o banheiro , peguei as escovas de dente e apertei a bisnaga Saiu demais , oscilou sobre a escova e cauí na pia. Pareci uma lombriga verde . Meti o dedo nela e pus na escova e comecei a escovar. Dentes . Que coisa da porra . Tínhamos que comer. E comer e comer de novo. Éramos todos repugnantes , condenados aos nossos trabalhinhos sujos. Comer e peidar e se coçar e sorrir e festejar nas feriados.
Terminei de escovar os dentes e voltei para a cama. Não me sobravam forças, não estava inspirado . Era um percevejo de pregar um pedaço de linóleo.
Decidir ficar na cama até o meio- dia . Talvez então a metade do mundo estivesse morta e ele seria metade menos difícil de enfrentar. Talvez quando eu me levantasse de tarde tivesse a aparência bem melhor , me sentisse melhor , Uma vez conheci um cara que ficou dias sem defecar e acabou explodindo, de verdade saiu merda para todos os lados.
Ai o telefone tocou deixei tocar . Nunca atendia ao telefone na parte da manhã . Tocou cinco vezes e parou. Eu estava sozinho comigo mesmo. E por mais repugnante que fosse era melhor que esta com alguém , qualquer um, todos lá fora fazendo pequenos truques e piruetas. Voltei a puxar os cobertores até o pescoço e esperei....


Quando acordei me senti exatamente igual ao velho detetive Nick Belane Exatamente o mesmo!
E tenho dito

Enzo de marco

terça-feira, 4 de maio de 2010

Meu Coração pertence a um fantasma Jovem Eva




Numa sexta a noite depois de um duro dia de trabalho com cerca de 40 jovens, todos creditando fielmente que posso transformar a vidas deles Uh!! Que pena, Pobres Jovens Tolos, passam a vida acreditando que outras pessoas são responsáveis pelo sucesso. Depois de mais um dia desses vou no Drinks´bar, Beber um gole de vinho para relaxar , no Bar garotas, cigarros , sorrisos,um jazz na vitrola e cheio de sexo no ar e eu com a antena captando esse quadro de Dali.
No balcão uma Jovens mulher ostenta todo seu valor, um belo par de seios e uma anca que não tinha mais tamanho e eu lá suspirando por aquela boa transa implorando para que ela me notasse .
Pedir ao balconista mais uma garrafa de vinho tomei um copo e fui falar com a garota. Já cheguei oferecendo um copo de vinho ao qual ela negou dizendo que estava bebendo Martini, e que odiava vinho pois era uma bebida muita perigosa e misteriosa e com um sorriso irônico me perguntou se eu era perigoso ou misterioso eu tentando impressioná-la chego perto do seu ouvido e digo :_ Você vai ter que descobrir! Ela deu uma gargalhada imensa daquelas que gela a espinha me deixando sem jeito... entre conversações e risos apareceu por meio a fumaça um amontoado de músculos dentro de uma camiseta apertada, trocou duas palavrinhas com a morena e a beijou na boca e saiu. Aquilo contribuiu e muito para a minha auto - estima aquele menino malhação, ou melhor, como diria Leon: ”Aquele Sicofanta” sem nenhuma delicadeza chegou e ganhou a gata.
Ah! Não poderia ir para casa com aquela situação , completamente desmoralizado .Eu olhava para a gata e ela sorria maquiavelicamente como me chamasse para o combate , o bom combate.
Ela veio falar comigo e como num jogo de xadrez ela veio me dar um xeque me perguntando se tinha ficado bravo pelo fato de vir alguém e deu um beijo nela.
Eu quis mostrar-me indiferente e retribuir com outra pergunta:
- E Por que eu deveria?
E ela respondeu de forma mais irônica possível
- qualquer outro ficaria! – Eu fiz isto para te mostrar como tenho poder e sei onde ele fica localizado .
E no movimento bem suave ela pegou minha mão e a fez tocar na sua vulva. Quando a toquei senti que estava úmida e quente, senti também toda a sua intencionalidade daquela jovem e suculenta criatura.
- Arma Bastante eficaz! a única coisa que pude falar.
Ela sorriu e disse que já havia certo tempo que me observava, sempre no balcão e com uma garrafa de vinho as vezes com um caderninho na mão fazendo pequenas anotações e que me via como uma enorme caçada, me considerava um grande troféu ( Não um belo exemplar de Apolo) ela foi logo explicando : - Eu sempre te admirei tem algo em você que me chama a atenção.
Eu meio sem jeito na minha vil timidez e um verdadeiro desastre no campo social, ofereci para ela outra dose de Martini ela aceitou e o papo fluiu, conversamos sobre ela e suas aventuras amorosas e toda a sua destreza em conquistar e descartar homens .
- Enzo , Enzo meu caro escritor das coisas da vida vocês (homens) para mim são apenas um boa caçada e olha que me divirto muito com essa caçada.
Confesso que estava meio sem jeito com toda aquela “vontade de potencia” com toda aquele pseudo liberdade na alma que até então nunca tinha visto em uma mulher e o impressionante era que aquilo me seduzia me deixava fascinado como segundo ela mesmo dizia por: “ aquele belo e suculento pedaço de carne “
Quanto mais ela falava de sua habilidade em manipular os homens e suas destrezas e castigá-los , mais eu me encantava com ela .
Depois de uns copos de vinho e cerca de 1 hora e conversas toda as minhas intenções de levá-la para cama foi por água a baixo, eu nem me lembro o tipo de conversa que originou a desilusão , porém só me lembro claramente ela me dizendo
- Enzo eu te respeito muito para ir pra cama com você ! e completou - Eu reservo um amor platônico por você .
Isso de caiu como uma Bomba , no momento eu estava tomando um gole de vinho que quase voltou da minha garganta .
Era inacreditável, uma liberta me considerava o ideal de homem, porém como se fosse um pecado mortal , nossos corpos não poderia se juntar, a priori recusei , mais entende a grandiosidade do momento , para ela seria uma grande perda .
Aquela informação em fez sentir uma culpa terrível de algo que não conseguia descrever .... O papo foi esfriando os olhos já quase não se cruzavam as frases já se transformaram em monossílabas , até que o silencio foi regra . Pedi desculpas pela noite ser tão triste para ela , inventei uma outra desculpa e nos despedimos com um beijo mais sincero que recebi na boca em toda minha inútil vida . Fui para casa procurando entender melhor o que havia acontecido aquela noite . Já não suportava mais a musica , o vinho e as pessoas, fui o mais rápido que pude para casa .
A rua estava escura , fria e solitária só dava vontade de chorar , chego em casa entro no quarto sento na cama e penso em tudo aquilo... no banho choro enquanto tentava me lembrar do nome daquela mulher intensa de volta ao quarto busco esvaziar os bolso e lá encontro um pequeno pedaço de papel que não reconheci , abri e li o bilhete :

- te amarei etarnamente Ass: EVA

Voltei algumas outras vezes no bar só que nunca mais encontrei a Jovens Eva a dona de meu Coração

Enzo de marco

quinta-feira, 22 de abril de 2010

No trecho do retorno (Off Road)


Os rostos todos fechados e um semblante de cansados, voltando de suas labutas diárias, esses pobres sujeitos se espremem para retornarem ao seu lar.
De um lado a beleza de uma magnífica Baia e de outro a mais repugnante excremento social digno de um quadro de Bosch e no meio disso tudo.
Enzo de Marco

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Meu ex grande amigo e sua namorada albina





Antes de ela aparecer em nossas vidas , nos éramos unha e carne, amigos de verdade e Contávamos um ao outro segredos e aventuras sobre nossas vidas.
É ! Mais ela apareceu em meio há tantas, que te desejavam. Pequena, Albina, de cabelos desgrenhados e a voz esquisita... Sinceramente eu não consigo entender como você foi se apaixonar por aquela pequena Albina, mais vai entender as coisas do coração...
Juro que não consigo enxergar o que nela te fascina, será sua voz de gralha, ou os cabelos queimados do sol ou quem sabe a sua epiderme que é completamente Albina... Não sei meu amigo, ou melhor, meu melhor ex-amigo, o fato é que ela conseguiu te devorar completamente com os seus grandes e pequenos lábios...
E lá vem meu futuro ex-amigo com sua namorada Albina, seus olhos não mostram felicidade e isso você não pode negar às vezes me divirto com essa historia toda, você morrendo de medo, e ela achando que sou uma péssima companhia para qualquer pessoa, sobre tudo para ilustríssimo namorado dela.
É meu ex-amigo eu não quero colocar na balança a nossa amizade, pois tenho inteira consciência de que são pesos completamente diferentes.
Enzo de Marco

terça-feira, 16 de março de 2010

Um Suposto Sonho de Liberdade




Cassino, Noite e jogos. São duas da Manha, a noite é quente e o estado é Ébrio...
Apostas correm no ar e as noites continuam quentes, Aqui as noites sempre são tão quentes e os insetos insistem em te devorar vivo...
O MEDO DO BANDIDO, DO ROUBO DA MORTE E ATÉ DA LAGARTIXA.
EU Sou... Eu sou o Homem Lagarto, Aquele que esta sempre ao sol com sua língua enorme para fora ,sentindo o clima , captando as mensagens.
E eu sempre querendo ser o um Homem Livre, sempre quero ser um homem livre, talvez eu seja um homem livre. E ESPERO SINCERAMENTE QUE VOÇÊ TAMBEM SEJA.


Na minha mão um copo quente de vinho poucas pessoas em minha volta e na velha vitrola uma bela canção:



“...Consegue imaginar como será
Tão sem limites e livre
Desesperadamente precisando da mão de algum estranho
Em uma terra de desespero...

...O assassino acordou antes do amanhecer
Calçou suas botas
Pegou um rosto na antiga galeria
E seguiu pelo corredor
Ele foi até o quarto onde sua irmã morava
E então ele visitou seu irmão
E então ele, ele seguiu pelo corredor
E ele foi até uma porta, e olhou para dentro
Pai, sim filho, eu quero te matar
Mãe, eu quero...”


Sempre jovem Morrison



E eu sempre querendo ser o um Homem Livre, sempre quero ser um homem livre, talvez eu seja um homem livre. E ESPERO SINCERAMENTE QUE VOÇÊ TAMBEM SEJA.
E que a Terra lhe seja leve.

Enzo de Marco

terça-feira, 9 de março de 2010

Elegia ao Carnaval




“...Já é carnaval cidade, acorda p/ ver...”
A vida, as cores, as dores, os prazeres, a vontade, odores ....
Cinco anos atrás escrevia em melodia algo do tipo: Mais não quero isso não...
Hoje nem sei o que dizer a cada dia que passa vejo que o estado é etílico ( na maioria das vezes sempre é). E sob a influência do Old Bull a vida sempre é BUDA e a morte não existe.
Mas é Carnaval meu amor ! e é apenas o segundo dia, e este ano promete, mete, mete, mete... e garante que talvez o sorriso não seja tão barato.
Enzo de Marco

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Minha Tristessa




Tristessa / Esperança regada a muita morfina ,para deixa que o tempo se encarregue de curar todas as feridas.
O velho Touro Louco de passion e sem perder o brio deseja o corpo, deseja a alma, deseja o espírito.
“GOOD BOY” sexy ela tenta de qualquer forma conseguir uns comprimidos e se joga em mais um beco úmido e escuro, com sombras e pequenos seres rastejantes.
Um gole de cerveja quente e uma olhar profundo, as dores sempre vem e as vidas sempre vão.
Já é madrugado chove bem fraquinho lá fora, uma leve brisa entra pelo buraco da janela e me traz uma ligeira lembrança de uma calmaria.
De pele bem macia, olhar firme e sem esperança deseja incansavelmente algo que a entorpeça.
Os tragos, os picos, umas bolas. Uma vida, um amor
Agora eu vejo , vejo tudo e que tolo eu fui percebo agora o meu degradante egoísmo em querer aprisionar toda aquela vida na minha.
Como um tolo bebi todas as suas palavras e quando acordei, me vestir tomei um trago de vinho da noite passada , peguei minhas coisas e nunca mais pôs meus olhos naquela linda Tristessa.

Enzo de Marco

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Jesus Numa Moto





Preso nessa cela
De ossos, carne e sangue,
Dando ordens a quem não sabe,
Obedecendo a quem tem,
Só espero a hora,
Nem que o mundo estanque,
Prá me aproveitar do conforto,
De não ser mais ninguém.

Eu vou virar a própria mesa,
Quero uivar numa nova alcatéia,
Vou meter um "marlon brando" nas idéias,
E sair por aí,
Prá ser jesus numa moto,
Che guevara dos acostamentos,
Bob dylan numa antiga foto,
Cassius clay antes dos tratamentos,
John lennon de outras estradas,
Easy rider, dúvida e eclipse,
São tomé das letras apagadas,
E arcanjo gabriel sem apocalipse.

Nada no passado,
Tudo no futuro,
Espalhando o que já está morto,
Pro que é vivo crescer,
Sob a luz da lua,
Mesmo com sol claro,
Não importa o preço que eu pague,
O meu negócio é viver,
Sob a luz da lua...
Mesmo com sol claro...
Preso nesta cela...


Zé Rodrix

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Nascido Para Perder


Grande Letra na voz de Ray Charles


Espero que Gostem e escutem AH!!!: com um bom vinho

Nascido para perder, vivi minha vida em vão
Todo sonho me trouxe apenas dor
Toda a minha vida estive tão triste
Nascido para perder e agora estou perdendo você.

Nascido para perder, parece tão difícil de suportar
Quando acordo e vejo que você não está lá
Você se cansou e agora você diz que acabou
Nascido para perder e agora estou perdendo você.

Nascido para perder, minha esperança se foi
É tão difícil encarar o amanhecer vazio
Você era a felicidade que eu conhecia
Nascido para perder e agora estou perdendo você.

Não existe razão para sonhar com a felicidade
Tudo agora é solidão
Toda a minha vida estive tão triste
Nascido para perder e agora estou perdendo você.
Nascido para perder e agora estou perdendo você

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Da janela do meu apartamento





Da janela do meu apartamento eu vejo o horizonte e é triste, muito triste saber que este horizonte não me traz esperança, eu procuro e só consigo enxergar fome, violência, ingratidão, cobiça e miséria.
Lá em baixo, jovem bêbados fazem um quebra-quebra na rua jogando lixo pra cima e quebrando vidraças, acreditam que afirmam suas existências usando a violência como meio de comunicação entre o que querem ser e o que realmente são . E eu da janela do meu apartamento com um copo de vinho barato na mão vejo todo isso
Como queres ter esperança?!
Uma gata e seus filhotes passam pelo calçadão e uma frase esculpida na parede me chama a atenção, frase escrita com sangue há muito tempo atrás e que hoje passa despercebida.
Enzo de Marco

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Noite Avassaladora





No radio a musica tocava:

“... Avassaladora, senta no seu colo lambe o pescoço, morde a orelha envia a língua, por entre seus dentes, tomando toda sua boca, sua boca ela é louca muito louca e ele adora a sua mão apertando o que deseja...” Gonzaguinha


Demian e Mary estavam na sala, luzes apagadas e algumas velas acesas, a garrafa de vinho já estava pela metade ao lado de um belo vaso de rosas bem rubras, lá fora a noite estava linda, o céu estrelado e a lua incrivelmente cheia e abençoando aquele momento extraordinário.
Estavam comemorando algo de muito importante para eles era o dia do 1º aniversario de casamento e foi comemorado com um jantar preparado inteiramente por Demian. Lembravam e riam dos momentos incríveis, fizeram juras e promessas de amor, sonhavam com o futuro... Assim como na musica os corpos dos dois se desejam muito, Mary e Demiam se beijam loucamente, beijos e caricias duradoras, língua na língua, pele na pele cheiros e gostos se confundem.
Fazem amor a noite inteirinha, sob a tutela de Afrodite, no gozo desmaia de prazer e de cansaço, dormem juntinhos e se amando.
Mary se sente contemplada e realizada como mulher. Demiam se sente saciado como homem

Felicidade: as mulheres tentam eternizar-la; os homens arriscam-na.
Enzo de Marco