quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Um Breve e extraordinário relato da Vida de Kátia







“O papel que me cortou ainda esta na mesa, com marca de sangue e lembranças do sentimento...”


O pensamento dela ia bem longe, longe mesmo, pensando no quanto poderia ser feliz se não sentisse aquelas coisas esquisitas, coisas diferentes, do que lhe ensinaram nas escolas, na igreja e na família.


Nunca quis ser uma pessoa comum, nunca quisera se casar, ter filhos, uma casa ou coisa desse tipo....


Traz na sua alma uma chama de inquietude, uma alma parva e inútil, sempre acreditou de forma hedônica que a vida se resumia a bebidas e farras intermináveis.


Todas as noites transar com dois ou Três, participando de inúmeras orgias. Sua vida é regada as mais sodomicas experiências. A forma que se alimenta e paga suas contas é fazendo pequenos serviços sexuais para velhotes da rua onde mora e assim vai seguindo a vida.


Há cerca de um mês atrás numa noite fria de inverno no meio da rua ela cai desmaiada...


Os médicos a chamam para conversar e explicam que tem um vírus no corpo dela , muito difícil de matar e que certamente causará graves problemas pelo resto da vida dela, dentre eles não poderá mais fazer sexo com ninguém sem preservativos, com sérios prerrogativa de transmitir para outras pessoas. Era algo que nunca antes havia relatos sobre esse vírus aqui no Brasil, já era algo comentado pelos médicos nos EUA.


A morte agora é uma certeza “ela sempre é” mais como ela mesma dizia: _ A morte agora é uma certeza cada vez mais próxima... Deixou de fazer festas e participar de orgias , vive solitária em seu pequeno apartamento enchendo a cara com um Whisky de péssima qualidade e cada vez mais grandes quantidades de cocaína...



“O papel que me cortou ainda esta na mesa, com marca de sangue e lembranças do sentimento...”



Enzo de Marco


2 comentários:

jorginho da hora disse...

Casos assim é muito mais comum do que podemos supor. Essa daí pelo menos tinha uísque e cocaína.

Rafael Medeiros disse...

Um belo quadro este que pintaste. Fazes afronta aos modernos policiais da arte, que querem porque querem impor sua monocromia aos outros. Berram, pelas praças internéticas: "O artista deve falar disto", "O poeta deve falar de tal sestimento."

A mim, me apraz a tristeza, miséria e melancolia bem pintadas. Elas fazem parte da realidade, não?

Lembro-me de um personagem do "Admirável Mundo Novo", que é condenado à morte por escrever uma espécie de ode à melancolia, algo sobre a beleza de uma noite lúgubre e chuvosa...

Pois saiba, Enzo, que se dependesse dos policiais da arte, já estarias fuzilado há muito tempo! hahahahahhaa

Forte abraço!